Inclusão e coragem: como Anãozera transformou desafios em inspiração nos eSports

De uma infância marcada pelo amor aos jogos até o sonho realizado nos eSports, Mateus "Anãozera" Pesarini, mostra que determinação e fé podem transformar qualquer desafio em conquista.

      Imagem: hltv.org
Desde pequeno, Mateus sempre teve um computador por perto. A influência da irmã e do tio o levou a explorar o mundo digital, mas foi com o Counter-Strike que ele encontrou o que realmente o encantava. “Após trancar a faculdade por motivos financeiros, vi uma oportunidade em começar a trabalhar com streams de CS e, desde então, me profissionalizei. Atualmente, sou contratado pela Galorys e recebo salário por isso”, conta.

O ponto de virada veio durante a pandemia, quando as transmissões ao vivo explodiram em popularidade. “O público de streams aumentou consideravelmente e, consequentemente, gerou mais renda para quem fazia live. Foi nesse momento que percebi que poderia transformar isso em profissão”, relembra o streamer.

Mas o caminho até aqui não foi simples. A rotina exigente e o peso da exposição nas redes foram grandes testes. “Ter uma rotina consistente para ter bons resultados foi o meu maior desafio. Também há muitas pessoas com o mesmo objetivo e muitos haters ao longo do caminho que desafiam sua própria sanidade mental”, revela.

Quando o assunto é inclusão, Anãozera acredita que o cenário tem dado passos importantes, mas ainda há um longo caminho pela frente. “Existem oportunidades para PCDs e outras minorias, mas não acho que seja o cenário ideal para todos ainda. Muitas barreiras precisam ser quebradas para que seja um espaço literalmente para todos. Temos carência de pessoas atuando nesse mercado e vemos poucas personalidades inclusivas em ações de marcas e patrocínios”, explica.

Para ele, dar visibilidade a diferentes perfis é essencial para fortalecer o ecossistema dos eSports. “A diversificação de personalidades é o meio de conseguirmos mais pessoas atuando no cenário. Muitas deficiências não têm aspecto visual, mas só quem é portador sabe o peso da luta diária.”

Ao final, o recado de Anãozera é direto, mas cheio de verdade: “Acredite em Deus primeiramente, tenha persistência, força de vontade e trabalhe muito naquilo que acredita. Sempre haverá quem julgue ou desmereça seu trabalho, mas nunca deixe de acreditar em você mesmo. Faça o seu com as condições que tem, sem depender de ninguém.”

Imagem: hltv.org

Por: Pedro Rogel

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